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Desvendando o País das Maravilhas: Inspirações ( Part II )

Já pensaram para se perguntar, de onde veio toda a inspiração para a história ?

Alice, suas irmãs e Dodson viviam na Universidade de Oxford, portanto há várias referencias a pessoas ou lugares presentes no cotidiano de suas vidas.


Na postagem de hoje, faremos uma análise sobre a origem dos personagens, 
e na próxima, sobre os lugares. 


Comecemos então:

Rato
Um ser amedrontado com um carácter muito seco quando cita a história com a intenção de secar os animais molhados. 
Provavelmente, foi baseado numa governanta da casa das irmãs Liddell.

Dodô:
É a caricatura de Dodson dentro da história.
 Por ser gago geralmente quando pronunciava seu nome, saia: “ Do-do-Dodson “.

Arara
Personificação da irmã mais velha Lorina.

Aguieta:
 Personificação da irmã mais nova Edith.

Pato
Caricatura do Reverendo Robinson Duckworth – Duck –

 Lagarto
Bill, o Lagarto, pode ser uma brincadeira com o nome do estadista britânico Benjamin Disraeli, pois uma das ilustrações de Tenniel em Alice no Outro Lado do Espelho retrata a personagem referida como o Man in White Paper, como uma caricatura de Disraeli, usando um chapéu de papel.

Gato de Cheshire:
 Retirado da expressão  "sorrir como um gato de Cheshire". 
O gato representado nas figuras de Tenniel é considerado  da raça British Shorthair, devido à forma da boca. Provavelmente Carroll usou o fato de o gato ir desaparecendo aos poucos - começando pelo rabo e terminando pelo sorriso -,de um queijo fabricado na sua época, chamado Queijo de Cheshire,que tinha a forma de um gato e que se comia começando pelo rabo.

 Lebre de Março "Haigha" 
Retirado da expressão louco como uma Lebre de Março” .

Chapeleiro Louco:
Retirado da expressão louco como um Chapeleiro”
devido ao vapor de mercúrio usado na fabricação de feltro que causa transtornos psicóticos.
O Chapeleiro Louco é provavelmente uma referência a Teófilo Carter, um conhecido comerciante de móveis em Oxford pelas suas invenções pouco ortodoxas e pelo uso de uma cartola na parte de trás da cabeça à porta da sua loja. São ambos totalmente loucos.

Rainha de Copas:
 É talvez a caricatura da mãe das irmãs Liddell.

Rei de Copas
É talvez a caricatura do pai das irmãs Liddell.

Grifo:
 Provavelmente é uma caricatura dos estudantes do colégio onde leccionava o escritor
 - é o brasão de armas do Trinity College, em Oxford -.

Tartaruga Fingida
O nome tem origem na Sopa de Tartaruga Fingida vulgar na Inglaterra, sendo um caldo verde feito com cabeça de vitela de modo a imitar sopa de tartaruga.
Esta personagem fala de um professor de Despenho que era um Congro, que costumava ensinar-lhe uma vez por semana Despenho, Destroço e Tintura a Carvão. Esta é uma referência ao crítico de arte John Ruskin, que ia uma vez por semana a casa de Liddell ensinar Desenho e Pintura a óleo às irmãs. 
A personagem também canta "Sopa de Tartaruga", uma paródia a Beautiful Star, que foi executada pelo trio Liddell para Carroll.

Jabberwocky:
Uma possível castanheira, no jardim interno da Christ Church, 
teria inspirado o monstro Jabberwocky de "Alice Através do Espelho". 


 
Brasão da Trinity College 


O sorriso do gato British Shorthair




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Turnê " Fight Like a Girl" adiada.


O Show que Emilie Autumn iria realizar no Brasil foi adiado, assim como toda sua turnê Sul-americana, o motivo segundo Melissa ( assistente de Emilie) é que a cantora teve alguns problemas de saúde e terá que re-marcar as datas da turnê.

Melissa também declaro que em breve irão soltar uma nota oficial alegando o motivo do adiamento, e que não há motivos para os Plague Rats ficarem preocupados.

O Calendário da turnê ficou da seguinte maneira :

28/11 - Circo Volador - Cidade do México, México
29/11 - ( Lugar não confirmado para substituir o Blondie) - Santiago, Chile
01/12 - Salon Redduci ( Substituindo o Teatro Vorterix) - Buenos Aires, Argentina
02/12 - Inferno Club - São Paulo, Brasil



" O Asylum está chegando, preparados? "


 Agradecimentos à Talissa pelos cartazes.

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Desvendando o País das Maravilhas: A Origem ( Parte I )

Alice no País das Maravilhas é uma história que vem encantando crianças e adultos desde a sua primeira publicação em 1865.



A história conta as aventuras da menina Alice em que ao seguir um coelho branco, e cai em sua toca, e acaba indo para um mundo mágico, onde tudo é possível.

A primeira vez que a história foi contada, Charles Lutwidge Dodson, estava acompanhado por seu amigo Robinson Duckworth, e pelas três irmãs Liddell - Lorina, Alice e Edith -, fazendo um passei de barco no rio Tâmisa. Para que o passeio se tornasse mais interessante, as meninas pediram para que Sr.Dodson lhes contasse uma historia, e assim ele o fez.

Foi nessa hora que, no verão de 1862, o País das Maravilhas nasceu. Graças à vasta imaginação e da habilidade de improvisação de Dodson. Aliás, nem poderia ser de outra forma, uma vez que, toda vez em que ele tentava por um fim na história, as meninas lhe insistiam para que continuasse.

Alice Liddell gostou tanto da história - que foi dedicada a ela, a preferida de Dodson -, que pediu que ele lhe escrevesse um livro com a história contada naquela tarde. E assim foi feito.

Durante 7 meses, Dodson se dedicou a fazer o manuscrito com uma caligrafia perfeita e delicada, e mais 7 meses para criar as ilustrações e decorar o manuscrito com lindos arabescos florais. Foi dado como um presente de Natal para Alice, tendo uma ilustração da menina na última página e uma singela dedicatória: “ Um presente de Natal para uma criança querida em memória de um dia de verão ”. O manuscrito toma o nome original: Aventuras de Alice no Subterrâneo.

Mais tarde, quando o livro foi publicado, novos capítulos foram adicionados, o nome foi alterado para Alice no País das Maravilhas, e o artista John Tenniel ficou encarregado pelas ilustrações.

As diferenças entre o manuscrito e a versão definitiva será o assunto da minha próxima postagem, semana que vem. Espero que tenham gostado. Encerrarei esse post com o poema introdutório do livro Alice no País das Maravilhas, que conta como o conto foi criado naquele dia tão especial, 4 de julho de 1862. A Tarde Dourada.



Juntos na tarde dourada
Suavemente a deslizar
Nossos remos, sem destreza,
Dois bracinhos a manejar,
Pequeninas mãos que fingem
Nossa direção guiar.
As Três cruéis! nesta hora,
Sob este sonho de tempo,
Implorarem por histórias
Com o mínimo de alento!
Mas que pode a pobre voz
Contra três línguas sedentas?
Proclama Prima o edito
“Comece!”, diz sobranceira.
Mais gentil, Secunda espera:
“Que não contenha asneira!”
Tertia a cada minuto
Detém o conto, faceira.
E de repente o silêncio,
Com os passos da ilusão
Perseguem a criança-sonho
Pelas terras da invenção,
Falando a deres bizarros…
Uma verdade, outra não.
E assim que a história secava
As fontes da fantasia,
Em vão tentava o cansado
Desfazer o que tecia,
“Mais, só depois…” “É depois!”
Gritavam com alegria.
Forjou-se assim, lentamente,
O País das Maravilhas,
Está pronto, para a casa
Já foi virada a quilha
Pela alegre equipagem
Sob um sol que não brilha.
Com mão gentil, entre os sonhos,
Alice! Guarda este conto
Na memória da infância,
Sob seu místico manto,
Grinalda que um peregrino
Colheu em terras de encanto. 





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